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25 Março
Pará
Unidade recebe primeira aula pública de cidadania
Autor: Dayanne Silva
O evento vem propor refletir com os estudantes da Universidade da Amazônia, com as mulheres e homens da comunidade acadêmica sobre o racismo deixado pela colonização e escravidão no Brasil, e que ainda hoje se expressa na forma de tratar as populações negras, índias, ciganas de povos de terreiro, e LGBTI’s é o objetivo da primeira aula pública de cidadania que a coordenação do curso de Serviço Social da UNAMA Campos BR, irá realizar no dia 22 de Março (Sexta-Feira) de 2019 às 15h no Campos da BR. 
 
A experiência de ser descriminado vai produzindo marcas na pele, na vida. Desde muito pequenas, crianças negras, indígenas, ciganas, ribeirinhas ou aquelas marcadas por estigmas relacionados às suas religiões (de matriz africana, ou não, como por exemplo, também, o Budismo, o Espiritismo, e tantas outras que fogem do Neopetencostal) experimentam a rejeição ao seu corpo, ao modo de se vestirem ou falar quando são pouco acariciadas ou cuidadas, quando não recebem ou mesmo ouvem palavras dedicadas à colega que está sentada ao seu lado: “Linda! Que cabelo ‘bom’ e lisinho” ,fazendo sentirem-se inferiorizadas pelo cabelo Black carregado ou quando são ridicularizadas pelo sotaque, ou ao aparecerem com roupas brancas na escola e há o silêncio dos professores diante da piadinha e dos risos dos colegas: “Veio da macumba?”. Estas cenas, repetidas vezes, em diferentes versões vão produzindo um sentimento de inadequação de não pertencimento àquele mundo escolar ou universitário, ou espaço de moradia e convivência.   
 
Neste contexto, a coordenação do curso de Serviço Social da UNAMA - ANANINDEUA, através da aula pública de cidadania vem denunciar as desigualdades étnicas raciais e as situações explícitas de discriminação, desenvolvendo estratégias de fortalecimento da autoestima daqueles que são caros, narrando histórias das aldeias, dos quilombos e das roças; trançando belezas; preservando cantigas e brincadeiras; reinventando brinquedos, como as bonecas negras. Fazendo assim, um contraponto as mazelas sócias provocadas pela ideologia sanguinária do racismo.  
 

 

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