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22 Junho
Belém
O uso da simulação realística como metodologia na enfermagem
Autor: Hallessa Pimentel

A simulação realística compreende uma técnica para substituir ou ampliar experiências reais. Na área da saúde especificamente, se apresenta como uma tentativa de reproduzir os aspectos essenciais de um cenário clínico para que, quando um cenário semelhante ocorrer em um contexto clínico real, a situação possa ser gerenciada pela equipe com êxito.

O processo de ensino de Enfermagem tem sofrido várias transformações com o passar dos anos, para atender as necessidades de uma sociedade também em contínua mudança e evolução. Nessa perspectiva, tem-se investigado o emprego de novas tecnologias, como uma estratégia de ensino-aprendizagem ativa, na qual se busca o desenvolvimento e aprimoramento de habilidades necessárias para as atividades assistenciais futuras.

O laboratório se constitui em um espaço para treinamento privilegiado, objetivando desenvolver no discente, habilidades técnicas e emocionais antes de enfrentar uma situação real. O uso de simulação realística em saúde permite maior retenção do conhecimento, e a medida que ocorre em ambiente educacional participativo e interativo, o aluno é convidado à construção do seu aprendizado.

Muitas vezes em sala de aula utilizando-se apenas modelos tradicionais de ensino focado na transmissão do conhecimento e de experiências, não é possível proporcionar subsídios para a tomada de decisão nas situações práticas que permeiam a vida profissional, assim, a simulação realística se reveste de grande importância e torna-se uma forte aliada no desenvolvimento de competências e habilidades.

Os laboratórios propiciam a articulação de saberes diversos e a superação da dicotomia entre formação profissional e formação geral do educando. Isso facilita a aprendizagem e gera reflexão sobre as práticas, mais do que garantir simplesmente treinamento para exercício de funções. Nesse processo de ensino-aprendizado com a metodologia de simulação de espaços reais, os professores protagonizam um papel fundamental, atuando como facilitadores, enfatizando o aprendizado autodirigido, centrado no discente.

Tais experiências proporcionam aos atores envolvidos, enxergar o ensino em laboratório como um espaço privilegiado, que requer constante interação entre os protagonistas, acadêmicos e professores no momento de integrar a teoria aprendida em sala de aula com a prática. 

Para os discentes o contato com os manequins, por exemplo, ajuda a trabalhar a postura e ergonomia durante os procedimentos que seriam quase impossíveis e de certa forma perigosas de ensinar/aprender em um ambiente real.

No campo prático, após aulas com repetições de técnicas, uma vez que o ambiente da simulação propicia erros e aprendizado com eles, os alunos apresentam-se seguros na execução das tarefas, situação vivenciada em prática supervisionada onde os alunos que se depararam com uma a avaliação de pacientes nas várias entidades clínicas, não se apresentaram intimidados e temerosos em interagir com a equipe multiprofissional assistente, mostrando a eficácia do treinamento prévio em laboratório.

O uso de simulação realística como metodologia ativa de ensino contribui para aumentar a autoconfiança, autoconhecimento e habilidades psicomotoras dos discentes na prática, além de proporcionar diálogo teórico-prático.

Os enfermeiros docentes do século 21 devem buscar estratégias para inovar o ensino, sendo a simulação uma ferramenta efetiva na educação e no contexto moderno do cuidado à saúde. São espaços privilegiados que simulam cenários da prática de cuidados à saúde. Os estudantes realizam atendimentos em pacientes simulados (manequins e/ou bonecos), sempre acompanhados por um facilitador que avaliará o desempenho das capacidades voltadas ao perfil do profissional a ser formado.

A instituição visa aproximar nossos discentes dos seus futuros campos de atuação. 

 

Galeria: 
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