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14 Março
Belém
Os fatores de predisposição e proteção à doença de Alzheimer
Autor: Eliane Leite
Confira e o texto e entenda mais sobre o assunto

              Com a inversão da pirâmide etária em virtude do aumento da sobrevida da população idosa, o qual ocorre pelo aumento da qualidade de vida, o surgimento de distúrbios no organismo humano irá ocorrer, entre eles, um dos principais transtornos são as doenças neurodegenerativas como o Alzheimer (APRAHAMIAN et al, 2008). A doença de Alzheimer (DA) tem a sua origem descoberta pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1907, através da realização de uma autopsia do cérebro da paciente Auguste D. com 55 anos, nela foi constatada a atrofia do córtex cerebral, a presença de placas senis e do emaranhamento neurofibrilar. Ela é caracterizada pelo acometimento do sistema nervoso do ser humano, o qual promoverá através da degeneração progressiva e irreversível dos neurônios alterações nas memórias e distúrbios cognitivos (BARROS et al, 2009). O diagnóstico dessa doença neurodegenerativa é dada por diferentes tipos de exames, como os psicológicos, bioquímicos, físicos, modificações cognitivas específicas, neurológicos e hemograma (BRASIL, 2013). Dessa maneira, os fatores que podem predispor o indivíduo à DA, é a idade, hereditariedade e o comprometimento do sistema vascular. Além de que, há fatores de proteção, que previnem o aparecimento de DA e melhoram a qualidade de vida do idoso, que se caracterizam por atividades físicas e cognitivas, dietas e interação social. As atividades físicas juntamente com a dieta, estão possivelmente relacionadas ao declínio no desenvolvimento da doença de Alzheimer. Com a atividade física revelou-se, por meio de um estudo feito pela Universidade de Harvard com mulheres mais de 65 anos, que houve um estímulo a redução no desenvolvimento do declínio cognitivo relacionado ao maior tempo praticado de algum exercício físico. Enquanto que, em dietas ricas com frutas e verduras com vitaminas consideradas como antioxidantes, como a vitamina C e a vitamina E, reduziriam o risco de uma possível inflamação que estaria associada a neurodegenaração. Sendo assim, as atividades cognitivas consideradas tanto como proteção e tratamento para a DA, pois foi visto que com o estímulo contínuo cerebral há a redução do risco para a doença, havendo a possibilidade de melhorar o funcionamento das redes cognitivas, e dessa maneira retardar os sintomas clínicos do Alzheimer. E a interação social, como um fator que aumenta a expectativa de vida do paciente e demonstra efeitos positivos na saúde física e mental (CARRETTA et al, 2012).

Loanne Valéria Xavier Bruce de Souza1, Sabrina Buchtenkirch1

Biomedicina, Universidade da Amazônia (UNAMA), discente

²Dirceu Costa dos Santos

²Universidade da Amazônia (UNAMA), coordenador do curso de Biomedicina e docente.

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APRAHAMIAN, I.; MARTINELLI, J.E.; YASSUDA, M.S. Doença de Alzheimer:  Revisão da Epidemiologia e Diagnóstico. Revista Brasileira Clin Med, 2008;6.

BARROS, A. C.; LUCATELLI, J. F.; MALUF, S. W.; ANDRADE, F. M. Influência genética sobre a doença de Alzheimer de início tardio. Rev. Psiq. Clín. 2009;36 (1): 16-24.

CARRETTA, M.B.; SCHERER, S. Perspectivas atuais na prevenção da doença de Alzheimer. Estud. interdiscipl. envelhec. Porto Alegre, v. 17, n.1, p. 37-57, 2012.

            Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Doença de Alzheimer. Portaria SAS/MS nº 1.298, de 21 de novembro de 2013.

 

 

 

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