27
Fevereiro
Ananindeua
HOMOLOGAÇÃO DOS INSCRITOS NA MONITORIA 2020.1
A coordenação de biomedicina da UNAMA Ananindeua divulga o edital de homologação dos inscritos na seleção de monitoria acadêmica de 2020.1. A prova escrita será dia 02 de março, as 15h na sala 101, bloco A.
13
Fevereiro
Ananindeua
O curso de biomedicina oferta vagas de monitoria acadêmica
O curso de biomedicina da UNAMA Ananindeua lança edital de monitoria acadêmica para as disciplinas de 2020.1. Fiquem atentos e não percam a oportunidade!
11
Fevereiro
Belém
Edital de monitoria biomedicina UNAMA Alcindo Cacela 2020.1
O Coordenador(a) DIRCEU COSTA DOS SANTOS do Curso de BIOMEDICINA da Unama Belém – Alcindo Cacela, no uso de suas atribuições e de acordo com o disposto no inciso II do art. 8º do Regulamento de Monitoria desta IES, resolve:
Art. 1º. Ficam abertas as inscrições para o processo seletivo de monitoria no período de 14/02/2020 a 18/02/2020 na SECRETARIA DA COORDENAÇÃO no horário de 8:00h às 12:00h e 14:00h às 20:00h
Art. 2º. O processo seletivo será realizado no dia 20/02/2020 às 15:00 na SALA C-204 e constará de prova escrita e entrevista, sobre todos os assuntos do programa da disciplina à qual o (a) discente está se candidatando, além da avaliação do histórico escolar do candidato.
Para mais informações ver edital anexo
10
Fevereiro
Belém
O que são células-tronco tumorais?
Por: Dra. Helem Ferreira Ribeiro
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que podem acometer todos os tecidos do organismo, que apresentam algumas características em comum, tais como a proliferação excessiva de células, a indução de novos vasos sanguíneos e a evasão do sistema imune, além da capacidade de destacar-se do tumor original e colonizar outros locais, o que constitui o processo de metástase. O tratamento do câncer é de alto custo e impacto físico e social para o paciente, incluindo procedimentos como cirurgias de grande porte, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.
Mesmo após o tratamento inicial com resposta satisfatória, muitos pacientes apresentam recidivas do tumor inicial. Identificar os pacientes em maior risco de desenvolvimento de metástases e recidivas é um dos principais desafios em oncologia, e muitas linhas de pesquisa estão envolvidas na busca de novos marcadores de diagnóstico e prognóstico que possam apresentar utilização clínica.
Há fortes indícios de que as Células Tronco Tumorais (CTCs) possam estar associadas ao desenvolvimento de metástases e recidivas. As CTCs apresentam divisões celulares lentas, o que provoca uma demora no surgimento de sinais clínicos do tumor, o que ajuda a explicar porquê as recidivas geralmente ocorrem em até cinco anos após o tratamento inicial. Além disso, CTCs apresentam um intenso metabolismo de drogas, que as torna resistentes à quimioterapia, dificultando assim a eliminação completa do tumor.
É importante, pois, para melhorar o atendimento aos pacientes oncológicos, identificar os marcadores moleculares, imunológicos e histológicos associados não só ao fenótipo de CTCs, mas também investigar como eliminar estas células, para aumentar as chances de cura real dos pacientes. Com base na presença de CTCs e na quantidade delas, um médico pode realizar um tratamento mais agressivo, seja uma cirurgia com maior retirada de tecido ou uma combinação de drogas, capaz de eliminar as CTCs.
05
Fevereiro
Ananindeua
Fiquem atentos às salas de biomedicina
Fiquem por dentro de sua sala no curso de Biomedicina, fiquem de olho e assistam as aulas nas salas corretas. Confira em anexo!
05
Fevereiro
Ananindeua
Horário das provas dos alunos de Biomedicina
ALUNOS, fiquem de olho no horários de provas e se programem para as avaliações do semestre do curso de Biomedicina.
05
Fevereiro
Ananindeua
Fiquem de olho no horário da sua aula
ALUNOS, fiquem de olho no horário de aula de 2019.2 e nas salas de aula do 3º, 5º e 7º período.
Bom retorno as aulas a todos.
03
Fevereiro
Belém
Veja como é feita a prevenção da transmissão de doenças por transfusão de sangue
Como é feita a prevenção da transmissão de doenças por transfusão de sangue?
Por: Dra. Helem Ferreira Ribeiro (Docente UNAMA)
O termo responsabilidade civil refere-se à necessidade de reparação de um dano causado por uma outra pessoa, mesmo sem a necessidade de que uma ação criminal tenha sido perpetrada (PEREIRA, 1998). No contexto hemoterápico, significa responsabilização pessoal ou institucional por ato transfusional que possa causar dano à saúde do receptor de hemocomponentes ou hemoderivados. Desta maneira, para diminuir custos com indenizações e aumentar a segurança transfusional, é necessário que sejam tomadas diversas medidas para diminuir potenciais riscos causados pela transfusão.
A transfusão de hemocomponentes é uma terapia importante para tratar situações críticas, como hemorragias intensas, reposição de fatores de coagulação, destruição periférica de plaquetas, entre outros (BRASIL, 2015). Apesar da importância desta prática, existe o risco de efeitos adversos, como as complicações infecciosas decorrentes de patógenos, incluindo vírus, bactérias e protozoários causadores de doenças (FUJIMOTO, 2018).
Para diminuir os riscos de transmissão de doenças, todo o sangue doado passa por um rigoroso processo de triagem que envolve três etapas: a triagem clínica através de entrevista com o doador e avaliação de alguns parâmetros hematológicos, a triagem sorológica para diversas doenças, além da triagem molecular para os vírus HIV, HBV e HCV (BRASIL, 2016a).
A triagem clínica tem como objetivo identificar doenças pregressas, comportamentos ou a presença de fatores de risco que aumentem a chance de o doador apresentar doenças transmissíveis pelo sangue. Além de perguntas sobre o estado geral de saúde, são investigados parâmetros hematimétricos básicos, tais como concentração de hemoglobina no sangue e o hematócrito, bem como o peso do indivíduo, para verificar se o provável doador está fisicamente apto à doação de sangue (BRASIL, 2016a).
Ainda durante a entrevista de triagem, será investigado o uso de algum tipo de medicação, realização de cirurgias ou procedimentos odontológicos e endoscópicos, a presença de piercings ou tatuagens, comportamento sexual, uso de drogas, etc. Ao final desta triagem o indivíduo pode solicitar ainda a autoexclusão da bolsa que venha a ser doada caso ache que apresenta algum fator que não torna o seu sangue seguro para ser doado (BRASIL, 2016a).
Os métodos de triagem sorológica requeridos pela legislação atualmente vigente visam diminuir os riscos de transmissão de doenças potencialmente graves de veiculação sanguínea. A triagem sorológica geralmente é feita através de ensaios imunoenzimáticos ligados à enzima (ELISA) ou quimioluminescência, e são investigadas a presença de HIV 1 e 2, HTLV I e II, sífilis, doença de Chagas, Hepatite B e Hepatite C. A pesquisa de malária deve ser feita apenas em áreas onde a doença é endêmica, como na região norte do Brasil (BRASIL, 2016a).
A pesquisa de citomegalovírus (CMV) não é obrigatória para todas as amostras, sendo indicada apenas quando o receptor da bolsa for indivíduo transplantado com sorologia negativa para CMV, ou recém-nascidos filhos de mães CMV negativas (BRASIL, 2016ª). Em relação ao Zika vírus (ZIKV), o ministério da saúde brasileiro emitiu nota técnica recomendando que indivíduos com confirmação de infecção ou que sejam parceiros sexuais de indivíduos com infecção confirmada sejam considerados inaptos para doação por um período de 30 dias após o final dos sintomas (BRASIL, 2016b).
Os testes sorológicos realizados para triagem do sangue doado são ajustados de modo a favorecer a sensibilidade, o que aumenta a ocorrência de resultados falsos positivos (Ferreira, 2013). Desta maneira, é importante que o doador seja informado dessa possibilidade. O doador deve ser ainda informado sobre o período de janela imunológica, tempo da infecção até o momento em que o teste detecta anticorpos contra aquela doença. Nesse caso, mesmo um teste negativo, o ato transfusional pode contaminar o receptor durante a transfusão.
A última triagem feita é a triagem molecular, onde serão buscados os genomas dos vírus HIV 1 e 2, HBV e HCV. Este teste é feito através de um pool de seis amostras que serão submetidas a um PCR multiplex, num teste conhecido como Triagem de Ácidos Nucleicos (NAT). Este método diminui a janela diagnóstica, pois sua sensibilidade é ainda maior (BRASIL, 2016a).
Mesmo após a triagem e a utilização da bolsa, é necessário que haja uma vigilância de eventos adversos outros além da contaminação por patógenos. Reações transfusionais de diferentes naturezas precisam obrigatoriamente ser notificadas ao ministério da saúde através de um sistema chamado NOTIVISA. A hemovigilância inclui ainda o monitoramento da soroconversão de indivíduos até 120 após o recebimento de hemocomponentes.
Mesmo com todas essas medidas de segurança, o risco associado à uma transfusão sanguínea sempre existe. Em 2018, uma menina com leucemia no Acre recebeu sangue contaminado com HIV e foi infectada por este vírus, mesmo após a bateria de triagem (G1, 2018). A identificação deste evento só foi possível através da rede de hemovigilância. Assim, mesmo que seja impossível zerar o risco ao receptor de hemocomponentes, é possível aumentar a segurança e garantir a rastreabilidade do processo hemoterápico, gerando responsabilização caso erros sejam cometidos.
Referências bibliográficas
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade civil. Rio de Janeiro: Forense, v. 5, 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. Guia para o uso de hemocomponentes. (Serie A. Normas e Manuais Técnicos). 2ª edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2015
FUJIMOTO, Denys Eiti. Risco residual de transmissão por transfusão das hepatites B e C na coorte de doadores de sangue do estado do Acre. 2018. Tese de Doutorado.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 158, de 04 de fevereiro de 2016. Redefine o regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 05 fev. 2016. Seção I, p. 37.
FERREIRA, Antonio Walter; MORAES, Sandra do Lago. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e autoimunes: correlações clínico-laboratoriais. 3ª edição. Guanabara Koogan. 2013.
BRASIL. Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Ministério da Saúde. Nota técnica 002/2016 de 18 de Agosto de 2016. Critérios técnicos para triagem clínica de candidatos à doação de sangue para os vírus Zika e Chikungunya. Disponível online em https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/agosto/25/Nota-Tecnica-Conjunta-002-2016-zika-e-chikungunya-CGSH-ANVISA.pdf. Acesso em 06/11/2019.
CRIANÇA é infectada com vírus HIV após transfusão de sangue e Hemoacre diz que caso é ‘fatalidade’. G1. 2018. Disponível online em https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/crianca-e-infectada-com-virus-hiv-apos-transfusao-de-sangue-e-hemoacre-diz-que-caso-e-fatalidade.ghtml. Acesso em: 06/11/2019.
29
Janeiro
Ananindeua
Fiquem atentos ao quadro de horário deste semestre
Alunos das turmas 3GMG e 3GNG fiquem atentos nos horários de aula. Confira em anexo!
27
Janeiro
Belém
Prevenção contra a Doença Hemolítica Perinatal
A atenção a gestantes é parte primordial do pré-natal, e deve englobar uma equipe variada e multiprofissional para contemplar diferentes aspectos da gravidez, incluindo o âmbito psicossocial. Em gestantes nas quais a incompatibilidade entre o Rh materno-fetal é detectada no pré-natal, a necessidade de um acompanhamento multiprofissional é ainda maior.
A incompatibilidade entre o fator Rh entre mãe e feto é responsável por aproximadamente 95% dos casos de doença hemolítica perinatal (DHP). A aloimunização materna pode ocorrer pelo contato com quantidades muito pequenas de sangue fetal, e 0,1mL de sangue fetal já seriam suficientes para provocar a produção de anticorpos em 90% das mães. É importante ressaltar que a troca entre sangue materno-fetal geralmente é inferior a 6 mL, suficiente para iniciar a geração de anticorpos.
Mães em risco de desenvolvimento de DHP apresentam maior risco de aloimunização por fatores como traumatismos múltiplos ou abdominais, descolamento de placenta, gravidez gemelar. A equipe de saúde multidisciplinar deve incluir não só médicos, mas também enfermeiros, fisioterapeutas, biomédicos, farmacêuticos e outros profissionais, que devem, cada um em sua especialidade, orientar a paciente na diminuição dos fatores de risco para imunização.
O papel destes profissionais deve ainda ser o de educar estas mulheres sobre a necessidade do acompanhamento regular e do que consiste a imunização anti-D, os riscos aos quais a gestante e o feto estão expostos caso o acompanhamento não seja correto, além de ressaltar a importância da diminuição dos fatores de risco, quando possíveis.
Profissionais de diagnóstico, como biomédicos e farmacêuticos bioquímicos, precisam estar em constante atualização sobre os métodos diagnósticos mais utilizados, e recomendar testes adicionais quando necessário. Uma maior interação entre os profissionais médicos e enfermeiros e outros membros da equipe, com finalidade de compartilhamento de conhecimentos e integração na atenção de saúde, deveria ser primordial para pacientes em risco de desenvolvimento de DHP.
Os antígenos RH não estão presentes somente nos eritrócitos, mas também em outros tecidos (Castilho, 2015, pg. 77). É necessário levar em consideração que a troca de células entre mãe e feto ocorre naturalmente (Gammill, 2011) e que estas células permanecem por anos no organismo das mães (Chan, 2012), então é possível que ocorra imunização Rh em mães Rh negativas mesmo na ausência de grande troca de sangue mãe-feto, por expressão de antígenos Rh em células fetais não eritrocíticas que acabam na corrente sanguínea. Até este momento, este fato não parece ser levado em consideração e, desta maneira, é provável que a utilização de Anti-D deva ser reavaliada em face à estes fatos, e que a imunização materna deva ser feita mesmo na ausência de troca de um teste de roseta positivo. Este tipo de questionamento e avaliação na mudança de conduta só pode ser feito quando os diversos profissionais envolvidos no cuidado da paciente conversam, trocam conhecimento e tomam decisões em conjunto.
Referências Bibliográficas:
Chan WF, Gurnot C, Montine TJ, Sonnen JA, Guthrie KA, Nelson JL. Male microchimerism in the human brain. PLoS One. 2012;7(9):e45592. doi: 10.1371/journal.pone.0045592.
Gammill HS1, Adams Waldorf KM, Aydelotte TM, Lucas J, Leisenring WM, Lambert NC, Nelson JL. Pregnancy, microchimerism and the maternal grandmother. PLoS One. 2011;6(8):e24101. doi: 10.1371/journal.pone.0024101.
Lilian Castilho, Jordao Pellegrino Junior, Mario E. Reid. Fundamentos de imunohematologia. EDITORA ATHENEU, 1a edição, 2015