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11 Abril
Belém
Você sabe quais alimentos são perigosos para animais de companhia?
Autor: Jurupytan Viana
Confira

 

Mais comum do que se pensa, esta pergunta ecoa na cabeça dos donos de pets no momento de alimenta-lo. Existem inúmeras formas de manter o seu animal de estimação alimentado, saciado de fome e sede, porém não é de qualquer forma que você consegue atingir as exigências nutricionais que cada animal necessidade.

Todo o cuidado é pouco na hora de variar o cardápio da sua mascote. Existem algumas comidas que podem causar um tremendo mal-estar para o bicho e que devem ser evitadas.

Para a escolha do alimento ideal devemos levar em consideração à espécie, raça, sexo, estado fisiológico, idade, porte, a atividade exercida por ele ou ela. Existem alguns alimentos que para nós são inofensivos, mas para nossos amigos de 4 patas podem ser letais. É muito comum os donos oferecerem aos seus cães ou gatos o mesmo alimento que consome e até mesmo o restante deste.

A cebola é muito utilizada na culinária brasileira, mas não pode ser fornecida para os cachorros, pois existe uma substância que possui um princípio tóxico para esses animais. O n-propil dissulfito está contido na cebola e pode causar uma transformação da hemoglobina em metemoglobina. A hemoglobina nada mais é que a responsável pelo transporte de oxigênio dentro do organismo e em linguagem mais clara, esse princípio tóxico vai acabar com essa vital função da hemoglobina. Vale lembrar que o alho oferece o mesmo risco da cebola, ele contém alicina, outro dissulfeto responsável pelo mesmo quadro clínico causado pela cebola.

Pouco se sabe ainda, mas as inofensivas uvas podem intoxicar os cães. Não se sabe ao certo qual parte da uva (se é a fruta em si, sua semente ou mesmo sua folha) causa intoxicação nos pets, por isso, o ideal é mantê-los sempre bem longe deste alimento. Existem alguns artigos que falam que a ingestão de uvas e passas podem causar vômitos, diarreia, letargia, dor abdominal, falta de apetite e insuficiência renal.

Batatas crua, inhame e madioquinha: apresentam fatores antinutricionais como a solamina, uma toxina que pode deprimir o sistema nervoso central e provocar distúrbios gastrointestinais.

Alguns tipos de cogumelos podem ter efeitos diversos em animais de estimação, tais como, depressão, diarreia, náuseas e vômitos, dor abdominal, lacrimejamento, alucinações, defecação, insuficiência hepática, convulsões, salivação excessiva, micção, insuficiência renal, danos no coração, hiperatividade, e em alguns casos, morte.

Fermento, presente em massas, pode ser perigoso, pois irá se expandir e resultar em gases, causando dor, podendo causar ruptura do estômago ou intestino

As Nozes podem provocar problemas gastrointestinais, como vômitos e diarreia, bem como problemas respiratórios, tais como espirros, respiração e tosse.

Outro vilão é o chocolate, principalmente nessa época de Pascoa. Pode ser gostoso para humano, mas é perigoso para cães. Além de rico em gordura, contém cafeína e teobromina que são estimulantes do sistema nervoso central. A teobromina tem um tempo de vida médio de 17,5 horas no organismo de um cachorro. A medida que o tempo passa, ela vai sendo mais absorvida pelo organismo do cão e causando sintomas distintos. Nas duas primeiras horas são observados diárreias, vômitos e hiperatividade. Ao longo do tempo, com a maior absorção da teobromina, observam-se aumento da taxa de batimento cardíaco, o que pode ocasionar em arritmia; tremor muscular, aumento da produção de urina; hirperatividade e hiper excitabilidade ou dor excessiva. Quanto mais amargo e escuro o chocolate, maior a concentração de cafeína e teobromina.

O abacate possui persina, substância encontrada na polpa, na casca e no caroço, é a culpada por intoxicar os pets que abusam do alimento. Vômito, diarreia, lesões gastrointestinais e até necrose nas fibras do miocárdio, o músculo do coração, são algumas das consequências do exagero.

Para quem gosta de dar osso para o cachorro, uma dica é observar se o osso é o dobro do tamanho da boca do animal, quando aberta, para não correr risco de engolir de uma vez. Dessa forma, diminui os possíveis riscos de machucá-lo. Assim que ele diminuir bastante o tamanho, jogue-o fora e dê outro.

Cuidado com os ossos de galinha, ou aqueles que podem se partir em lascas, como os de costela, pois existe a possibilidade de ocorrer perfurações no estômago e o intestino. Essas lesões podem levar a hemorragias e infecções generalizadas.

Hoje existe no mercado, rações especializadas de excelente qualidade para todos os tipos de animais desde animais castrados e para cada fase da vida dos animais. Essas rações são tão completas que não é necessário oferecer mais nada para o animal, mas como nossa relação com nossos amigos peludos está tão estreita, acabamos oferecendo os famosos “agrados”, conseqüência da humanização. Na dúvida o recomendado é sempre passar pela avaliação de um Médico Veterinário e um Zootecnista, lembrando que cada caso é um caso!

POR PROFª MSC NATALIA SIDRIM  DA SILVA DE SOUZA

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