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Novembro
Belém
Conservação de forragem: silagem
POR: PROF. NATALIA SIDRIM DA SILVA DE SOUZA
Para a produção de alimentos, uma das técnicas utilizadas para garantir uma nutrição de qualidade para os animais de produção é conservar a forrageira e fornecer no período desejado (geralmente no período da seca é uma das opções, pois nesse período, é comum a escassez e perda de qualidade nutricional).
A ensilagem é uma das opções e consiste no armazenamento em local anaeróbio para ocorrer o desenvolvimento de bactérias láticas. Esses micrororganismos irão fermentar dentro do silo (local onde a massa ensilada irá ficar) para conservar e inibir microrganismos indesejáveis, através da queda do pH por conta do ácido lático produzido.
Uma silagem de qualidade depende de fatores inerentes a planta como matéria seca (25% a 35% de MS), poder tampão (resistência que a massa ensilada possui em relação ao abaixamento do pH) e carboidratos solúveis em água (substrato para as bactérias láticas). Além desses fatores, as etapas da ensilagem que consistem em colheita da forragem, transporte, compactação e vedação do silo devem ser executadas o mais breve possível, pois a planta continua respirando e pode consumir todo o oxigênio presente no silo depois da vedação, garantindo assim um ambiente sem oxigênio e também ocorrem fenômenos bioquímicos quando a célula vegetal está respirando, consumindo nutrientes essenciais para a nutrição animal.
A busca de alimentos alternativos é importante para garantir o atendimento das exigências nutricionais dos animais, pois a sazonalidade diminui a quantidade e qualidade dos nutrientes, mas a demanda de nutrientes e energia dos animais é constante. O conhecimento dos princípios básicos para produção de silagem e das características da planta forrageira resultará uma fermentação eficiente e consequentemente uma silagem de qualidade, minimizando as perdas, maximizando a conservação de nutrientes e obtendo desempenho animal satisfatório.
Referência Bibliográfica:
MACÊDO, A. J. da S.; SANTOS, E. M. Princípios básicos para produção de silagem. Arq. Ciênc. Vet. Zool. UNIPAR, Umuarama, v. 22, n. 4, p. 147-156, out./dez. 2019.
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